Nascida em 1903, na cidade de Columbus, Ohio, nos Estados Unidos, Ruth Ella Moore foi uma mulher negra e cientista. Filha de Margaret Moore, uma talentosíssima costureira, aprendeu com sua mãe a costurar desde muito nova. Foi sua mãe também quem mais incentivou Ruth a estudar e a buscar um grau superior de educação. E com certeza todo o incentivo da mãe de Ruth Ella Moore valeu a pena!
Ruth frequentou escolas públicas e cursou sua graduação na Universidade Estadual de Ohio, além de ter feito sua pós-graduação também neste local. Durante sua pós-graduação, Ruth trabalhou na Universidade Estadual de Tennesse em Nashville, a fim de conseguir dinheiro para continuar estudando. Após sua pós-graduação, Ruth continuou estudando e elaborou sua dissertação sobre tuberculose (segunda maior causa de morte nos Estados Unidos na época), a qual lhe rendeu, em 1933, seu doutorado em Bacteriologia, pela Universidade Estadual de Ohio, tornando-se oficialmente a primeira afro-americana de ambos os sexos a possuir um Ph.D, além de ser ter sido a primeira mulher afro-americana a se formar em ciências naturais.
Após seu doutorado, Drª. Moore foi contratada como professora e assistente pela Universidade de Howard, em Washington. Durante o período em que ela ficou na Howard, ela conseguiu se tornar presidente interina do Departamento de Bacteriologia, tornando-se a primeira mulher a comandar qualquer departamento em Howard. No período em que a Drª. Moore foi presidente, ela mudou o nome para Departamento de Microbiologia e realizou inúmeros estudos, trazendo contribuições no estudo dos tipos de sangue, imunologia, cárie dentária, entre outros. Em 1960, ela deixou o cargo de presidente do departamento, todavia continuou como professora emérita até conseguir sua aposentadoria em 1971.
Durante sua trajetória, Ruth foi ativa em sua comunidade acadêmica. Ela foi o primeiro membro afro-americano da Sociedade Americana de Microbiologistas, bem como ganhou dois graus honorários adicionais, incluindo um doutorado em Literatura pelo “Oberlin College” e um doutorado pela Universidade de Gettysburg em Filosofia.
Contudo, não se pode acreditar que tudo foi fácil para Ruth Ella Moore. Ela como mulher não superou apenas obstáculos de gênero, mas também de raça.
Fontes pesquisadas:
MITCHELL, Erica. American Medical Hero: Dr. Ruth E. Moore. [S. l.], 21 fev. 2020. Disponível em: <http://blog.eoscu.com/blog/american-medical-hero-dr.-ruth-e.-moore> (Acesso em: 16 de novembro de 2020.)
AMERICAN SOCIETY OF MICROBIOLOGY (Washington, DC.). Ruth Ella Moore, Ph.D. Washington, Dc. Disponível em: <https://asm.org/Biographies/Ruth-Ella-Moore,-Ph-D> (Acesso em: 16 de novembro de 2020.)
DIAZ, Sara. Ruth Ella Moore (1903-1994). [S. l.], 12 mar. 2007. Disponível em: <https://www.blackpast.org/african-american-history/moore-ruth-ella-moore-1903-1994/> (Acesso em: 16 de novembro de 2020.)
GROSS, Victoria. History of Black Scientists: Ruth Ella Moore & James McCune Smith. [S. l.]: National Institutes of Health, 13 jan. 2016. Disponível em: <https://www.edi.nih.gov/blog/communities/history-black-scientists-ruth-ella-moore-james-mccune-smith> (Acesso em: 16 novembro de 2020.)
THIBAULT. Black History Month: Ruth Ella Moore. [S. l.]: The Ohio State University, 14 fev. 2019. Disponível em: <https://u.osu.edu/clotheslines/2019/02/14/black-history-month-ruth-ella-moore/> (Acesso em: 16 de novembro de 2020.)
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