O que são?
Os protozoários (do grego “protos”, primeiro, e “zoon”, animal) caracterizam um grupo de organismos unicelulares, heterotróficos, que, em geral, só podem ser vistos com auxílio de um microscópio. Estes seres habitam em água doce ou salgada, ambientes úmidos ou no interior do corpo de outros animais, podendo causar-lhes doenças ou estabelecer relações de trocas de benefícios (mutualismo).
Classificação
O Reino Protoctista, atualmente, se distribui em seis filos:
Filo Rhizopoda (amebas ou rizópodes): também chamado de Sarcodina, compreende os protozoários que se locomovem através de expansões citoplasmáticas denominadas pseudópodes (falsos pés), que também são utilizadas para capturar alimentos, um exemplo desse grupo é a ameba. Algumas espécies são parasitas, como a Entamoeba histolytica, que habita no intestino humano, causando amebíase ou disenteria amebiana.
Filo Actinopoda (radiolários e heliozoários): apresentam pseudópodes afilados sustentados por um eixo central, que se projetam como raios em torno da célula. Os radiolários vivem exclusivamente no mar, constituindo um importante componente do plâncton. Já os heliozoários habitam, em sua maioria, em água doce.
Filo Foraminifera (foraminíferos): reúne protozoários dotados de carapaça externa de carbonato de cálcio, quitina ou mesmo de fragmentos calcários ou silicosos selecionados da areia. Nessa carapaça, se projetam finos e delicados pseudópodes, responsáveis pela captura de alimento. As grandes pirâmides do Egito, por exemplo, foram construídas com rochas formadas por carapaças de foraminíferos do gênero Nummulites, hoje extintos.
Filo Apicomplexa (apicomplexos ou esporozoários): sem estruturas locomotoras e dotados, em algum estado do ciclo de vida, de um componente celular proeminente, o complexo apical. Este complexo desempenha papel importante na penetração desses protozoários parasitas nas células hospedeiras. Algumas espécies são parasitas e causam doenças em aves e mamíferos, inclusive na espécie humana. Entre os mais conhecidos estão os do gênero Plasmodium, causadores da malária.
Filo Zoomastigophora (flagelados): protozoários que se locomovem por meio de flagelos, em geral, há um ou dois flagelos, mas indivíduos de algumas espécies podem apresentar dezenas deles. Alguns têm vida livre; outros são sésseis (vivem fixados a um substrato). Muitas espécies são parasitas, entre elas temos o Trypanosoma cruzi, causador da doença de Chagas. Temos também, espécies como as do gênero Trichonympha, que vivem no tubo digestório de baratas e cupins, em mutualismo (troca de benefícios).
Filo Cilliophora (ciliados): compreende os protozoários dotados de estruturas locomotoras filamentosas geralmente mais curtas e mais numerosas que os flagelos, os cílios. Os ciliados apresentam mais de um núcleo por célula, o macronúcleo, que é relativamente maior e um ou mais núcleos menores, os micronúcleos. Certos ciliados vivem no tubo digestório de animais ruminantes, como bois e girafas, auxiliando a digestão da matéria vegetal e servindo, eles próprios, de alimento para os seus hospedeiros.
Fontes pesquisadas:
PROTOZOÁRIOS e algas. In: LINHARES, Sérgio; GEWANDSZNAJDER, Fernando; PACCA, Helena. Biologia Hoje: Os seres vivos. 3. ed. São Paulo: ática, 2016. cap. 3, p. 37-44.
FAVARETTO, José Arnaldo; ALMEIDA, Virginia Chacon de. Fungos e protistas. In: UP. São Paulo: editora Saraiva. v. 02, cap. BA. 05, p. 9-10.
ALGAS, protozoários e fungos. In: AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Fundamentos da Biologia Moderna. 4. ed. São Paulo: Moderna, 2015. v. único, cap. 12, p. 276-279.
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